MEMÓRIAS ESMERALDINAS: América 1x1 Paulistano em junho de 1989


Folha esportiva do Jornal do Commercio
no dia 18 de junho de 1989
Em 1989, o América entrou em campo para enfrentar um difícil adversário e que vinha dando muito trabalho ao longo dos anos, o Paulistano Futebol Clube. O ano da queda do Muro de Berlim marcou de forma triste o futebol inglês devido ao desastre de Hillsborough, no qual 96 pessoas morreram e 766 ficaram feridas, numa partida da Taça da Inglaterra entre Liverpool e Nottingham Forest na cidade de Sheffield. A superlotação do estádio fez com que várias pessoas morressem esmagadas, pisoteadas e outras atingidas pelo desabamento de um muro. Neste ano, nasceu o jogador Ciro, que brilhou com a camisa do Sport na Copa do Brasil de 2008 e na Taça Libertadores da América do ano seguinte e que começou nas categorias de base do Salgueiro Atlético Clube. No mesmo ano da criação da cidade de Palmas em Tocantins, vinha a falecer o ex-árbitro de futebol Roberto Nunes Morgado (lembrado por ter em uma partida entre Vasco da Gama e Ferroviário/CE pelo campeonato brasileiro de 1983, expulsado de campo a Polícia Militar usando seu cartão vermelho), o escritor carioca José Cândido de Carvalho (autor da obra “O Coronel e o Lobisomem” de 1964) e o ator Lauro Corona. A música brasileira perdia ícones como Raul Seixas, Nara Leão e Anísio Silva conhecido por músicas como “Alguém me Disse” de 1960, “Só Penso em Ti” de 1963 e “Lembrança de Você” de 1968.

Nota do JC ressaltando o grande número de desfalques do Paulistano
No dia 18 de junho de 1989 América e Paulistano (primeiro clube da carreira do jogador pernambucano Rivaldo) jogariam no Estádio Adelmar da Costa Carvalho (Ilha do Retiro) pela sexta rodada do segundo turno do campeonato pernambucano. O “Mequinha” aparecia na quinta colocação com três pontos, enquanto que o clube da cidade de Paulista/PE vinha na lanterna com apenas um ponto ganho e de uma derrota frente ao Sport na rodada anterior.
A goleada vexatória sofrida frente ao Santa Cruz no meio de semana não deveria interferir na produção do América para a partida contra os auri-azulinos de acordo com o treinador Valdir Santos e destacou que o comportamento da equipe em campo seria outro. No Paulistano o treinador Cláudio Ponei estava a cumprir suspensão de seis meses, devendo, portanto, a
Defesa do Paulistano afasta o o perigo de gol do América
assistir a partida das arquibancadas e em seu lugar ficaria o supervisor Paulo Araújo, que teria trabalho para arrumar a sua equipe, em função dos seis desfalques que muito lhe fariam falta. No América a situação era similar, pois o treinador Valdir Santos não poderia contar com os atacantes Nado, Washington e Roberto Potiguar, além do meio campista Mica, o zagueiro Gilney e o lateral Enílson, todos entregues ao departamento médico. A boa notícia ficaria pela volta do lateral esquerdo Mário, que voltava após um período de quatro meses afastado devido a uma torção no joelho.

Ilustração de América x Paulistano na Ilha do Retiro em 1989
Com muita chuva, o árbitro Ivanildo Sales, auxiliado por Jaziel David e Arlindo Maciel, autorizou o início da partida as 15:15h daquele domingo. O gramado escorregadio prejudicou e muito o bom futebol que deveria ser apresentado por ambas as equipes, que usaram com mais frequência o jogo aéreo para tentar chegar à meta defendida pelo goleiro adversário. Quando o relógio do árbitro Ivanildo Sales apontou 40 minutos no primeiro tempo, Rogério do Paulistano achou Nélson dentro da área grande, que livre de marcação chutou indefensável contra o gol do goleiro Roberto que nada pode fazer. Era o primeiro gol do jogo. AMÉRICA 0X1 PAULISTANO. No segundo tempo de partida, o treinador Cláudio Ponei do Paulistano, preferiu se resguardar e debaixo de um guarda chuva para se proteger na torrencial chuva do inverno recifense, deu as ordens ao seu supervisor Paulo Araújo, que recuasse a equipe a fim de segurar o placar que lhe era favorável e solicitou a entrada de Beto no jugar de Júnior.

Nilson Sergipe, destaque do Paulistano
O Alviverde da Estrada do Arraial foi para cima como pôde no segundo tempo, tendo como principal adversário, as poças de água que se formaram no gramado da Ilha do Retiro, mas com muita garra, o América criou as melhores chances de gol na segunda etapa contra o retrancado time do Paulistano. As entradas de Helinho no lugar de Wilson e de Eduardo no lugar de Almir melhoraram a produção de boas jogadas do América, porém, se com a bola no chão as coisas não andavam bem, o jeito era a jogada aérea e numa bela jogada pelo lado direito de ataque, o americano Lira acertou uma cabeçada fulminante contra as redes defendidas pelo arqueiro Chico da equipe da cidade de Paulista. É GOL DO AMÉRICA! AMÉRICA 1X1 PAULISTANO. Com o resultado de empate conquistado até então, o “The Green Team” se lançou ainda mais para frente em busca do resultado que lhe daria a vitória.
Poucos minutos depois, o jogador Beto do América, recebeu a bola a chutou para o gol para balançar as redes do goleiro Chico do Paulistano, mas o auxiliar Arlindo Maciel levantou a bandeira alegando impedimento, confirmado pelo árbitro do jogo gerando discussão e polêmica na Ilha do Retiro. O América insistiu até o final do jogo, mas o resultado final foi o empate com um gol para cada lado, o que pôde ser considerado ruim para as duas agremiações esportivas. Nélson e Carlinhos do Paulistano receberam cartão amarelo, bem como Luciano, Alfredo Santos e Almir pelo lado verde e branco. As escalações das equipes daquele empate em 1x1 entre América e Paulistano foram as seguintes:

 



AMÉRICA FUTEBOL CLUBE
Roberto;
Luciano, Alfredo Santos, Luís Pereira e Mário;
Lira, Almir e Marcelo;
Nado, Wilson e Beto.

PAULISTANO FUTEBOL CLUBE
Chico;
Val, Gil, Milton Lima e Garapa;
Nilson Sergipe, Nélson e Júnior;
Carlinhos, Isaac e Rogério.


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