Obrigado, Carlos Celso. E até breve.


Estatísticas, números, quem mais venceu, quem menos perdeu, a primeira ou última vitória diante do nosso maior rival. A data ou local daquela partida memorável. Nestes mais de oito anos do Blog do Mequinha, todas estas indagações seria algo complicado de responder se não existisse em vida Carlos Celso Cordeiro.

Alvirrubro confesso, nascido em Tabira e um verdadeiro apaixonado pelo futebol pernambucano. Às várias vezes que o Blog do Mequinha ousou resgatar a história do América nos arquivos públicos do Recife, não era difícil não encontrá-lo entre os acervos, sempre a procura de um fato perdidas em algum canto da história, seja na Rua do Imperador ou na Fundação Joaquim Nabuco. A verdade é que quem gosta de História ou mesmo pesquisou um texto apenas sobre futebol de Pernambuco quase sempre bebeu de suas pesquisas como fonte, confrontando dados como gols, arbitragens, escalações através das páginas amareladas do Diário de Pernambuco, Jornal Pequeno, Diária da Noite, Jornal do Commercio.

Não fosse a paixão de Carlos Celso Cordeiro, muito dificilmente não conseguiríamos resgatar a história do América. Trazer à tona os grandes clássicos realizados pelo América diante de Náutico, Santa Cruz e Sport. Criar o levantamento dos números de partidas entre América e Central. Mostrar a nosso público leitor que existia em um passado não muito distante, futebol no Recife além do Trio de Ferro. 

Foi com enorme tristeza que ficamos sabendo de sua despedida na Terra, no 24 de janeiro de 2016. Com 72 anos, Carlos Celso não conseguiu superar o tratamento de câncer, falecendo um dia antes, através de uma infecção respiratória. Perdemos nesta data um pedaço memorável do futebol de Pernambuco. Ficamos mais pobres, mas ainda sim, com a ciência e o dever de manter o seu legado, ao menos no que se diz ao respeito na História do América Futebol Clube.

O Blog do Mequinha se despede de Carlos Celso, na certeza que perdemos um amigo. Cinco minutos do seu lado era uma aula, sempre com atenção e zelo nas suas inúmeras estatísticas. Obrigado, Carlos Celso. E até breve.


Um comentário:

  1. Num mundo sem memória, quem tem Carlos Celso é rei. Atingiu aquilo que a maioria procura e que ele proporcionou para tantos: a imortalidade!

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