É, senhores. O trem tá feio e não é de agora. Tive que esfriar bem a cabeça antes de escrever a crônica desta partida diante do Chã Grande, no Carneirão, para torná-lo publicável. O fato é que nós americanos estamos cansados de subir de divisão e disputar o Campeonato Pernambucano com o intuito de fugir do rebaixamento, competição paralela que o América teima em priorizar desde 2011. E em 2014 se tudo continuar da forma que está não será diferente. E o mais difícil é ver que os erros até aqui não foram por omissão, mas sim por vontade de acertar e fazer o bem ao clube.
Já estamos na 8ª rodada da competição e faltam outras nove para separar o trigo (os três melhores) do joio (os seis que lutarão pelo rebaixamento) e a conta fica cada vez mais difícil. Se continuarmos perdendo pontos, aí é que ela vai ficar impossível. Assumimos a lanterna da primeira fase. E se jogarmos o que eu vi em Vitória de Santo Antão, parece que não sairemos dela. A defesa novamente foi o "Calcanhar de Aquiles" neste time americano. Logo no primeiro tempo ficou evidente que o melhor local para os changrandenses buscarem o gol era na lateral direita do América, mal protegida por Thiago Ramos, volante de ofício, mas que vem sendo improvisado na posição. Em uma destas limitações do sistema defensivo esmeraldino, veio o gol de Jessé, logo aos 43 minutos de partida.
Lance de jogo entre Chã Grande x América | Foto: Washington Vaz |
Na segunda etapa, quando esperávamos por um América mais organizado por Laélson, as substituições acabaram não surtindo o efeito desejado. Pendurado com um cartão amarelo, o técnico esmeraldino acabou sacando Bruno Jesus para a entrada de Charleson e Thiago Ramos que não vinha realizando uma boa partida foi substituído por Ewerton Bala. Mudanças que pouco contribuíram dentro de campo, pois logo aos cinco minutos do segundo tempo, o Chã Grande ampliou o placar com Nona e o time mandante poderia ampliar o placar em outras oportunidades, mas a qualidade técnica acabou não contribuindo. O América ainda perdeu o volante Bia, que foi expulso após uma entrada violenta no adversário e, mesmo com um a menos, ainda chegou a ter lampejos de ofensividade e chegou até esboçar uma reação, como uma bola na trave acertada por Kássio, já no final de partida através de uma cobrança de falta, logo no inicio da grande área. É triste escrever isso, mas nesta sexta-feira, nosso time não conseguiu ser capaz de sujar as luvas do goleiro Dida.
O fato é que filme se repete e assistimos, chocados, o América protagonizar mais um triller. O elenco, que no papel é qualificado, vem conduzindo um cenas de terror e suspense da pior qualidade. Se era para trazer pânico à torcida americana, estão conseguindo, reeditando filmes de temporadas anteriores. Só não sabemos se teremos um “alívio cômico” no capítulo final, como tivemos em 2011. Se for, que venha, pois finais trágicos como o de 2012 é bom passar longe da Estrada do Arraial. Mas por incrível que pareça e por pior que esteja a situação, torço pra que este filme ainda termine com final feliz.
Lance de jogo entre Chã Grande x América | Foto: Washington Vaz |
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