Justificando o injustificável


Após o jogo contra o Chã Grande foi punk. Por mais que o time do América encontra-se numa situação delicada, ninguém esperava que o time fosse reagir tão mal neste Campeonato Pernambucano. Posso afirmar sem sombra de dúvidas de que o desempenho praticado em Vitória de Santo Antão foi a pior apresentação do time da Estrada do Arraial no certame estadual e que foge totalmente do planejamento traçado pela direção do América uma semana após a decisão da Série A2 contra o Vitória.

Poderíamos enumerar diversos fatores que culminaram a este pífio desempenho esmeraldino até aqui. Embora a Série A2 tenha se encerrado no dia 10 de novembro, faltando menos de um mês para o início da Pernambucano que fez sua estréia no dia 08 de dezembro, talvez isso não pode ser levado tão em conta, pois o mesmo tempo que o América teve, o Vitória também teve, encontrando-se até esta oitava rodada na quarta colocação, com 11 pontos.

Outro ponto levantados foram as contratações e os jogadores que foram embora do América após a segundona. Naquele time base, vice-campeão da Série A2 estavam por empréstimo do Pesqueira o zagueiro Jonny, o meia Walber e os atacantes Deizinho e Silas. Além deles, foram embora o zagueiro David, hoje no Campinense e o meia-atacante Branquinho e o atacante Danilo, atualmente no Linense-SP e Central, respectivamente. Saídas que foram repostas de certa forma a altura, com jogadores tarimbados e com passagens em grandes clubes, mas que infelizmente boa parte dos contratados não vem desempenhando um bom futebol. A situação se agravou quando Edson Miolo, técnico que iniciou a montagem e a contratação destes nomes entregou o cargo onde boa parte dos clubes que disputam a primeira fase do estadual não tem metade da estrutura que hoje o América proporciona, deixando o comando técnico um dia antes do jogo contra o Vitória nos Aflitos, sem qualquer justificativa plausível, comprometendo parte do trabalho.

Se o time não deu aquela famosa "liga" ou foi pura falta de sorte em algumas partidas, independente de qual tenha sido os problemas ou fatores que tenham sucumbido o América a chegar na lanterna da classificação, é notória a necessidade de contratações emergentes que venham para solucionar as deficiências do time. Jogar a responsabilidade de marcar gols nos ombros de Everaldo e Jackson - ambos de 19 anos - por exemplo não irá trazer grandes resultados nos próximos 19 jogos que restam, sobretudo, nos 9 que restam para a primeira fase. Além do ataque, carece de mais um meia criativo para dividir a responsabilidade com Kássio, além de um zagueiro e um lateral direito para dar mais segurança na defesa esmeraldina, que neste estadual vem batendo a cabeça em momentos cruciais.

A situação do América é delicada. Mesmo no ano de seu centenário, onde é natural que se espera muito mais do que vem sendo apresentado, é preciso tranquilidade para tentar recuperar esse elenco, e para dar tempo a Laélson Lima para que possa implementar seu trabalho. Agora mais do que tudo, preocupar-se com a manutenção do clube na primeira divisão será vital para fortalecer o trabalho de base que o clube iniciou em 2013 e o fez retornar a Série A1 do estadual, mesmo que ainda existam chances matemáticas para classificação ao hexagonal do título.

A derrota nesta última sexta-feira foi desastrosa, mas acima de tudo, é mais do que hora deste time esboçar uma reação e honrar a camisa que estão entrando em campo. Há mais do que um campeonato a ser cumprido, mas um projeto gigantesco por trás que deve ser respeitado e um ano ímpar na história de um clube, que tem obrigação de festejar seu centenário de forma mais honrosa do que vem sendo apresentado até agora.

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