América muda de cor, mas por pouco tempo

Artigo publicado no nono fascículo do "Paixão Traduzida em Cores", publicada toda segunda no Diário de Pernambuco. Nascido João de Barros, nas cores branca e verde, o América mudou de nome, e até hoje, participante do Campeonato Pernambucano da Série A2, a segunda divisão estadual, mantém-se como América Futebol Clube. A mudança se deu para atender a uma solicitação do influente desportista Belfort Duarte, diretamente ligado ao América do Rio de Janeiro. No Campeonato de 1938, o Campeão do Centenário mudou de cor, passando a usar camisas vermelhas, a exemplo dos seus homônimos do Rio e de Natal. Campeão pernambucano pela última vez em 1927, o América, através de seus dirigentes, achava que mudando de cor voltaria a contar com a sorte. Aproveitou a lacuna deixada pelo Torre, o Madeira Rubra, que se licenciara, alegando falta de apoio da Federação, e aderiu ao vermelho, o que mereceu alguns protestos, como o do jornalista Francis Holder, ligado ao Torre. A estréia da nova camisa ocorreu em 23/03/1938, no amistoso em que os americanos derrotaram o Tramways por 4 x 2. O time estava renovado, com Pedro e Zuza, egressos do Central; Popó e Duda, saídos do Íris, Zé Orlando, ex-Santa Cruz, e Waldir, vindo do Sudeste. Na prática, a situação não mudou. No Campeonato de 1938, entre oito concorrentes, o América terminou em quinto lugar. Em 17 jogos foram 7 vitórias, 2 empates e 8 derrotas. Apesar de tudo teve resultados marcantes, como as goleadas de 9 x 1 sobre o Flamengo e o Great Western, e uma vitória de 6 x 3 sobre o Náutico. Sua equipe era esta: Pedro; Alemão e Popó; Guilherme, Zé Orlando e Jaime; Waldir, Airton, Zuza, Nicário e Duda. No Campeonato de 1939, o América voltou às cores originais.

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