Resgate da tradição

Seis vezes campeão, América está de volta após 15 anos para alegria da sua saudosa torcida
Nos primeiros oito anos do Campeonato Pernambucano - 1915 a 1922 -, a supremacia foi verde e branca. Nada menos do que quatro títulos (1918/19/21 e 22) foram conquistados pelo América. Até o tri do Sport, em 1923/24 e 25, era o Periquito o maior detentor de taças. O quinto troféu foi obtido em 1927, enquanto o sexto e último em 1944. A volta à Primeira Divisão do único campeão pernambucano em atividade fora do trio de ferro da capital - Flamengo, Torre e Tramways já fecharam as portas - é uma das maiores atrações desta edição do certame local. Foram 15 anos ausente da elite. A tradição do América chega a surpreender os jogadores do clube. A pedido do JC, o zagueiro Givaldo posou para uma sessão de fotos na sede americana, na Estrada do Arraial e se espantou com os troféus e fotos históricos do alviverde. "Já rodei por muitos clubes do interior e intermediários de Pernambuco e de Estados vizinhos. Dificilmente, eles possuem sede. O que não é o caso do América", comentou Givaldo, 37 anos. Curiosamente, o ano que marcou o retorno do América será o último do zagueiro no futebol profissional. "Já ajudei o clube a subir e espero encerrar a carreira contribuindo com a permanencia na Primeira Divisão", disse Givaldo, que já vestiu as camisas do Central, Serrano e Vera Cruz. As palavras do zagueiro deixam claro a intenção do Periquito: permanecer na Série A1. "Temos um projeto para o América, que passa pela construção de um Centro de Treinamento e outras ações para o centenário do clube, em 2014. Mas tudo isso passa pela manutenção na Primeira Divisão", declarou o presidente João Antônio Moreira. O técnico do América, Luciano Ribeiro, tem em mãos um time homogêneio. Do grupo que foi vice-campeão na Série A2, 14 atletas permaneceram. Por outro lado, 13 foram contratados. O goleiro Bruno e o lateral-direito Arley, ambos revelados pelo Santa Cruz, são algumas caras conhecidas. O orçamento do clube para o Campeonato Pernambucano todo, incluindo folha salarial, hospedagem e transporte, é de R$ 730 mil, o quádruplo do que foi gasto ano passado.

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