América, o time de todos

Por Lenivaldo Aragão
Torcedores do América – pensam que não existem?, existem, sim e eu conheço vários – ainda vibram com a volta do Alviverde à primeira divisão pernambucana. O pernambucano que gosta de futebol, de um modo geral, está contente. Não dizem que o Periquito é o segundo time dos pernambucanos? É verdade. Um rubro-negro, por exemplo, torce pelo Mequinha, como se diz por aqui, imitando o tratamento que os cariocas dão ao seu América. Rubro-negro só não torce pelo Campeão do Centenário, quando este enfrenta sua equipe. Idem com alvirrubros e tricolores. Morvan Dantas, um ferrenho torcedor do Sport, que era aliado a José Porfírio, do Náutico, dizia que o mal do América era ser o segundo, e nunca o primeiro time, de muita gente que passou por lá. E saía apontando nomes, citando, por exemplo, Amândio Fernandes, Iroldo Malta e José Joaquim, que foram diretores do clube esmeraldino, antes de assumirem postos de mando no Sport. Eu lembro ainda Jaime Guerra. Esteve em todas, ou quase todas, porquanto foi dirigente do América, Ferroviário, Santa Cruz e Sport. Só não do Náutico, sua paixão. Bom, os tempos eram outros. Anos 60 e 70. Hoje seria impossível tal proeza. Jaime não era profissional, mas amador. Cito ainda o alvirrubro Américo Pereira, que antes de se dedicar ao Náutico, militava na diretoria americana. E o tricolor Constantino Barbosa, filho de um americano de primeira hora, o português José Barbosa. Um dos rebentos de José Moreira, o engenheiro e ex-salonista José Alexandre Moreira, Mirinda, mandou-se para os lados do Arruda, tendo sido presidente do Santa Cruz. Pelo que eu saiba, não chegou a ocupar cargo de relevância no clube do pai. O mesmo aconteceu com Alberto, outro filho do homem que construiu a sede alviverde, e que era irmão de João, Rubem e Romildo – pai de Romildinho –, este ex-dirigente do Sport. Dois filhos de Zezé Moreira – não confundir com o técnico, irmão de Aimoré Moreira – permanecem firmes no clube da Estrada do Arraial. São eles o ex-presidente José Amaro Moreira e o atual presidente José Antônio Moreira. Assisti à posse de João Antônio. O propósito imediato era trazer o América de volta à elite, de onde tinha sido catapultado havia 15 anos. O primeiro passo foi dado, talvez antes do que se esperava. Daqui para frente, a ordem será sustentá-lo na divisão superior porque 2014 vem aí, e os americanos não pretendem festejar seu primeiro centenário na segunda divisão. Visitem o site de Lenivaldo Aragão, o No Pé da Conversa.
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