Um clube que precisa mudar para continuar existindo


A situação do América não é fácil há muito tempo e isso não dá para negar. O caso envolvendo o furto da coleção dos troféus esmeraldinos, conquistados em quase 107 anos, é mais um dos tantos casos que assombram as dependências do alviverde da Estrada do Arraial e espantam aqueles que de fora observam situações desafiadoras de qualquer razoabilidade. Tudo envolvendo o América parece pouco esclarecedor ou as informações sempre estão incompletas deixando lacunas e dúvidas. Então, como contornar?

Sabemos que a conjuntura atual não favorece aqueles que procuram entender o que está acontecendo no interior do clube alviverde, desvendar esse mistério parece algo digno das grandes aventuras de Sherlock Homes e mesmo assim não espere encontrar soluções fáceis. Nada, absolutamente nada, até aqui justifica o lapso temporal entre o fato ocorrido do furto das taças até sua divulgação. O América é uma figura pública e por mais que seja composto um corpo diretor acontecimentos que de alguma forma tenham impacto para o clube precisam ser divulgados tendo em vista a importância da instituição no meio social/histórico a qual faz parte.

A notícia do furto das taças precisaria ter sido maior difundida quando ocorreu lá em 2017 e não 4 anos após, descoberta muito por acaso. Quem sabe uma ação mais ativa naquele período tivesse contribuído solucionar com um possível final feliz. Falar, por exemplo, que não existe dinheiro não justifica o descaso apresentado nessa situação ou dar com ombros complementando fazer muito tempo e não há mais o que ser feito tentando induzir que poucos ajudariam. Jamais iremos saber devido tal ocorrência nunca veio à tona quando deveria ter ganho as principais manchetes.

Não conseguimos nem imaginar algo similar com nossos coirmãos mais proeminentes e se muito remotamente acontecesse seriamos testemunha de uma grande união para solucionar, notícias constantes nos jornais e telejornais, mensagens nas redes sociais, campanhas de arrecadação de fundos e tudo mais que pudesse ser feito, mas no América não. No América ficar em silêncio foi a solução resumida num B.O e em discretas buscas por ferros-velhos da região. A grandeza do clube pela sua trajetória não merecia isso, o impacto da notícia se foi assim como essa série de desventuras parece banalizada e com pouca importância (não deveria ser).

O caminho do clube é a mudança, sem elas tudo tende a continuar do jeito que está ou agravar-se, talvez nem de quem comanda, mas de pensamento. É preciso assimilar novas ideias, dar abertura para quem se dispõe ajudar, ter um olhar crítico aos erros cometidos, enxergar outras perspectivas, introduzir visões e ações diferentes. Estar fechado como uma fortaleza para poucos não irá fazer bem ao América (já não faz), é urgente o grito por clareza, o urro é pela sobrevivência.  

Um comentário:

  1. Nossa que horror! uma pena um time de grande tradição em Pernambuco isso ter ocorrido.

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