Vera Cruz 1x5 América: Finalmente, começou a Serie A2



Finalmente! Finalmente começou aquilo que toda torcida americana esperava: o maledito pontapé inicial da famigerada Série A2 do Campeonato Pernambucano. E pense num certamezinho estilo Jogos Mortais, viu? Só um vai sobreviver sorrindo no fim — o campeão, que garante a volta à elite do estadual. E o palco dessa estreia não poderia carregar mais simbolismo: o Ademir Cunha, em Paulista.

“Fora de casa”, mas nem tanto. Foi nesse estádio que o Campeão do Campeão do Centenário voltou à Série A1 em 2010, depois de longos 15 anos, e foi nele também que, em 2013, celebrou o centenário com o retorno à primeira divisão — isso depois de um Pernambucano 2012 horroroso, com apenas uma vitória (se a memória não me trai), conquistada na última rodada.

O mando era do Vera Cruz, que sem o Carneirão em Vitória de Santo Antão, adotou o Cunhão (haja aumentativo, amigos) como lar provisório. Só que o estádio estava sucateado, longe do que já foi quando o América mandava ali seus jogos. E olha que o clube nunca teve a administração formal, mas sempre cuidou como se fosse seu. Hoje, ver o “Cunhão” caído dá uma mistura de pena e frustração... com perdão do trocadilho.

Enfim: estádio sem condição, mas com bola rolando. E pra torcida? Portões fechados. Ainda assim, a turma deu seus pulos, achou brecha e marcou presença. Descubra! 😂

Lei do ex e vantagem verde

O América manteve a base campeã e invicta da Série A3 e entrou em campo como favorito. Não demorou a mostrar força. Aos 7 minutos, Wendel roubou a bola e achou Renato Henrique. O camisa 10, ex-Vera Cruz, fez valer a lei do ex e abriu o placar: 1x0 Mequinha.

Pouco depois, foi a vez de Wendel aparecer bem e ampliar: 2x0. O jogo parecia controlado, mas o Galo das Tabocas reagiu no fim da etapa inicial: Mamed acertou o travessão e Paulo descontou, deixando o placar em 2x1 no intervalo.

O rolo compressor da segunda etapa

Na volta do intervalo, o América foi avassalador. Logo no primeiro minuto, Renato Henrique finalizou, Brown tentou no rebote e a bola sobrou para Wendel completar: 3x1.

Brown, que tinha perdido duas chances claras no primeiro tempo e já ouvia cobranças da arquibancada, se redimiu. Recebeu passe de Gregório e bateu entre as pernas do goleiro: 4x1. O alívio virou comemoração.

E ainda deu tempo de Renato Henrique fechar a conta com categoria: 5x1, dois gols dele, dois de Wendel e um de Brown. Goleada com gosto de recado para o campeonato.

Os gringos também entraram em cena

A vitória teve mais do que gols: trouxe também a estreia dos gringos da SAF esmeraldina. O América hoje conta com jovens africanos (três nigerianos e um belga de origem africana) que simbolizam o novo projeto do clube. No segundo tempo, um dos nigerianos entrou em campo, mostrando disposição e força física. Ainda falta entrosamento, mas a torcida já percebeu: eles não vieram passear. São parte do plano que mistura tradição e ousadia, experiência e juventude, história centenária e futuro global.

O recado

Renato Henrique foi maestro, Wendel desequilibrou e Brown se redimiu. Mas o destaque maior foi coletivo: um time que manteve a base vencedora, incorporou reforços internacionais e jogou com cara de campeão.

No velho Cunha, palco de tantas memórias, o América reafirmou que está vivo e pronto para brigar pelo acesso. Chuva, arquibancada improvisada e voz rouca da torcida: ingredientes de uma estreia perfeita.

Vera Cruz 1x5 América. O Periquito começou a Série A2 com o pé na porta, goleando, convencendo e mostrando que ser América é isso: tradição, camisa pesada e futuro ousado. Próximo desafio esmeraldino é diante do Belo Jardim, que também venceu na estréia. Vale a liderança isolada. Desta vez, tomara, com o apoio da torcida. Sem precisar dar nossos pulos! 😂

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