O centenário de um clube extinto

Em 2009 caso ainda estivesse em atividade o Torre Sport Club teria completado 100 anos de existência. O clube que carregava consigo o nome do bairro em que ficava, foi fundado em 13 de maio de 1909 por um grupo de funcionários de uma antiga fabrica de tecelagem que havia no local, tinha como mascote o pica-pau e seu apelido era madeira rubra em referência as suas cores o vermelho e branco. No primeiro ano do Campeonato Pernambucano o Torre terminou em terceiro lugar atrás do Flamengo (campeão) e do Santa Cruz (vice). Em 1922 ganha o torneio início, seu primeiro título de expressão, feito que se repetiria em 1929. Durante os dois anos seguintes é vice-campeão pernambucano, conquistando pela primeira vez o certame estadual no ano de 1926 após uma série de escândalos envolvendo a Liga Pernambucana de Desportos Terrestres e interrompendo o predomínio de 10 anos do América e Sport com a seguinte escalação: Valença, Filuca, Pedro Barreto, Aquino, Hermes e Dantas, Osvaldo, Piaba, Péricles, Antonio e Chiquinho. Os anos de 1927 e 1928 foram frustrantes para o clube já que perdera as respectivas competições nas últimas rodadas ficando com o vice até que em 1929 o Torre novamente sagra-se campeão estadual dessa vez de maneira invicta, mas sob protesto da diretoria americana e leonina que afirmavam que o clube não mereceu o título devido a uma série de ocasiões que o beneficiaram. A equipe campeã era formado por: Valença, Aquino, Pedro Barreto, Arnaldo, Hermes e Dantas, Osvaldo, Piaba, Péricles, Policarpo e Galvão.
O último título pernambucano veio em 1930 e como já havia se tornado tradição a conquista se deu em meio agitações nos bastidores. Naquela oportunidade a questão era de envolvimento nacional devido ao fato da revolução que ocorrera no país com a queda do até então presidente Washington Luiz e que colocou Getúlio Vargas no poder deixou o Recife em extrema agitação. O governador Estácio Coimbra, torcedor declarado do Torre, teve que fugir para não ser preso deixando o governo para seu opositor Carlos de Lima Cavalcanti ligado aos revolucionários, com a paralisação do certame que era liderado pelo time rubro e com a falta de condições para o prosseguimento era por fim decretado novamente o Torre Sport Club como o grande campeão tendo em sua base os seguintes jogadores: Valença, Hermes, Miro, Leleco, Faustino, Costa, Agnelo, Piaba, Maturano, Letona, e Aldo. Os anos seguintes para o madeira rubra não foram fáceis, o time começou a oscilar no Pernambucano chegando a ser o lanterna da Série Azul no ano de 1933 e vice-lanterna geral em 1934. No ano seguinte entrava em atividade o time que iria ser o seu grande rival e a pedra no seu caminho devido ambos serem da mesma localidade, o time em questão era o Tramways Sport Club que de cara conquistou a copa do bairro e sagrou-se vice-campeão estadual com isso começou a perder espaço no cenário regional até que no ano de 1936 o clube termina o campeonato pernambucano na última colocação e para piorar vê o seu principal rival levantar a taça de campeão invicto no segundo ano de participação. Durante o período de 1937 a 1939 o Torre se licencia voltando as atividades em 1940, mas sendo eliminado na primeira fase do torneio e definitivamente abandonado a competição.Após disputar a Copa Torre de 1942 onde conquistou o título pela oitava e última vez, endividado e sem a mesma força de antes o madeira rubra extingue-se dando fim a trajetória de uma das principais agremiações esportivas pernambucanas.
Referências: Wikipédia, RSSSF e Histórias do Futebol (blog).

4 comentários:

  1. Imagina se Torre e Trawayns (É assim que se escreve) ainda existissem no cenário Pernambucano, disputando juntamente com o América na elite? Seria o máximo! A FPF bem que poderia criar o Museu do Futebol Pernambucano contando a história destes campeões. O nosso futebol tem mais história que hoje poucos conhecem.

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  2. seria otimo se todos os campeões pernambucanos ainda estivesem em plena atividade e de preferencia na primeira divisão junto com central, porto, cabense, ibis, e outras equipes do interior de tradição!!!

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  3. Henrique, seria ótimo para o futebol pernambucano. Algo assim, apenas no Rio de Janeiro e Minas Gerais. Nestes estados, os clubes tradicionais como Bangu, América-RJ, Olaria, Villa Nova-MG, América-MG são respeitados, além de saber que os mesmos são importantes para manter a história e a rivalidade viva no certame estadual. Gostaria muito que Manchete (ex-Santo Amaro), Íbis e Ferroviário do Recife, juntamente com o nosso querido América-PE retornassem a primeira divisão estadual, mas infelizmente ainda é um futuro muito distante, pra não dizer incerto.

    Obrigado pelo comentário, e volte sempre pra comentar aqui no Blog do Mequinha!

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  4. eu torço pela cabense aqui em Pernambuco e desde que começou a 2° divisão eu estou torcendo pelo America e se Deus quiser Vai subir!!!!!!!

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