América x Centro Limoeirense – Duelo de centenários no Gonzagão



Sábado tem jogo grande na Série A2, meu amigo. E jogo grande não é só porque vale liderança do grupo, é porque tem história em dobro. De um lado, o América, 111 anos de tradição. Do outro, o Centro Limoeirense, que completa 112 na segunda-feira. Dois clubes centenários, dois sobreviventes da bola pernambucana, se pegando no campo de Feira Nova.

O palco? O pacato estádio municipal Gonzagão, que virou pouso improvisado do Dragão porque o velho José Vareda, em Limoeiro, segue interditado — e convenhamos, nunca foi lá essas coisas. O América conhece bem: foi naquele mesmo matagal que levantou a taça da Série A3. Então não dá nem pra reclamar muito. Jogo de Série A2 tem dessas: estádio emprestado, torcida se virando como pode pra espiar de algum canto e bola rolando em gramado seco, duro e maltratado. 

A bola vai rolar às 15h, mas mais uma vez sem público pagante. É o roteiro repetido dessa Série A2: portões fechados e a torcida com o grito entalado na garganta. Pra piorar, nem transmissão da TV FPF, nem uma rádio perdida do interior pra salvar a pele. Silêncio total. A saída é se agarrar às redes sociais do América e vibrar em cada atualização, como se fosse gol no último minuto. Então já sabe: se ainda não segue, corre lá 👉 @americapefutebolclube.



Tabu que incomoda

E olha… o Centro é daqueles adversários atravessados na garganta. Em 13 jogos oficiais na história, o Mequinha só venceu 2. E não sabe o que é ganhar do Dragão desde 1964 (!). Sim, mais de meio século de tabu. Uma dessas raras vitórias esmeraldinas foi registrada aqui mesmo nas Memórias Esmeraldinas, pelo polivalente Bruno Barros: em 1963, um 3x0 que hoje parece lenda de outro tempo — confira aqui.

A lembrança mais recente? Melhor esquecer. Em 2021, pela Série A2, o Mequinha levou 2x0 em Limoeiro, partida eternizada pelo lendário Jhajá Thummama aqui no blog. O Varedão, claro, naquele estilo de sempre: gramado impecável… só que não. 😅🤣

E vale lembrar: antes dessa derrota, ainda em 2013, o América teria reencontrado o Centro na Série A2. Mas o jogo não aconteceu. O clube foi punido no tribunal por escalar jogador irregular, perdeu pontos e acabou mudando de grupo — o confronto nunca saiu do papel. Era a chance perfeita de quebrar o tabu, porque aquele time de 2013 era tão cascudo quanto o de agora, em 2025. Tão cascudo que acabou subindo!


Invencibilidade em jogo

Mas se de um lado existe tabu, do outro tem contagem expressiva: a contar deste sábado, o América chega a 1092 dias sem saber o que é derrota em jogos profissionais. Três anos inteiros de invencibilidade, que a torcida acompanha rodada a rodada, como quem marca aniversário. Se tem jejum pra ser quebrado, tem também marca pra ser mantida.

O time de Adriano vem com moral: 5x1 no Vera Cruz, 2x0 no Belo Jardim, Renato Henrique voando e artilheiro. Do outro lado, o Centro chega empolgado, com vitória sobre o Ipojuca.

Arbitragem definida

Pra apitar esse duelo centenário, a escala já saiu. O árbitro será Tiago Willian da Silva Melo, com Túlio de Farias Ribeiro Caldas e João Henrique de Oliveira Lima como assistentes. No apoio, o quarto árbitro será Bruno Thiago de Santana. A turma que vai ouvir muito de cada grito da arquibancada de Feira Nova.

O Gonzagão vai ser palco de mais uma batalha centenária. O Dragão tem a história a seu favor, mas o Periquito tá voando e quer seguir invicto. Porque ser América é isso: acreditar sempre, reclamar muito e gritar mais ainda.

2 comentários:

  1. A vitória do América será tão grande que o Centro vai passar a se chamar subúrbio

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  2. Hoje é dia da gente jogar fora esses numeros

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