América consegue empate em Feira Nova e mantém invencibilidade

 



Sábado foi de jogo grande na Série A2, meu amigo. América e Centro Limoeirense, dois centenários do futebol pernambucano, mediram forças no pacato Estádio Gonzagão, em Feira Nova. O resultado? 1 a 1, com o velho tabu resistindo, mas também com a invencibilidade esmeraldina intacta.

O roteiro foi daqueles conhecidos que insistem em perdurar na Série A2: alguns jogos com portões fechados e torcida acompanhando na base das redes sociais, tanto do Centro Limoeirense quanto do América. A cada atualização a gente vibrava e se decepcionava, como se estivesse lá na beira do alambrado, xingando juiz e cornetando o bandeirinha. Nesta rodada teve nada realmente. Nada de TV FPF, nada de rádio comunitária, nada de nada. Foi dureza...

O jogo

O Centro saiu na frente aos 39 minutos do primeiro tempo, com Deivid “Manteiga”, aproveitando a chance para incendiar os donos da casa. Mas o América não se entregou. No apagar das luzes da etapa inicial, aos 48 minutos, Nilson apareceu para empatar e fazer o coração esmeraldino explodir do outro lado da tela.

No segundo tempo, o jogo virou batalha de nervos: faltas duras, cartões, substituições e pouca bola rolando com qualidade. Ainda assim, o América soube segurar e garantir mais um ponto fora de casa. Quem conseguiu ver o jogo pelo buraco da fechadura do Gonzagão (sim, teve torcedor que viajou até Feira Nova) disse que o Periquito foi mais aguerrido no segundo tempo, mas o goleiro centrino estava numa tarde inspirada.


Tabu x Invencibilidade

Se o tabu contra o Dragão continua (a última vitória do Mequinha sobre o Centro segue datada de 1963!), a invencibilidade também segue viva e pulsante. Já são mais de 1090 dias sem derrota em jogos profissionais, uma marca que a torcida comemora como se fosse título.

Na tabela, o América chega a 7 pontos em três jogos, firme na briga pelo acesso e ainda sem saber o que é perder na Série A2. O Centro Limoeirense, com dois jogos e quatro pontos, também mostra força e mantém sua invencibilidade. Ou seja, não teremos vida fácil neste certame e, se a gente quer realmente o acesso (e por tabela, ser campeão), todo e qualquer jogo deverá ser tratado como decisão em mata-mata.

Foi empate com gosto agridoce: não deu pra quebrar o jejum que incomoda há mais de meio século, mas também não foi dessa vez que a série invicta esmeraldina caiu. Como sempre, ser América é viver nesse fio da navalha — entre a esperança de vencer e a certeza de nunca se entregar.

Próximo desafio: Ipojuca no Arruda

Agora o foco se volta para a próxima rodada, quando o América encara o Ipojuca. O palco deve ser mais uma vez o Arruda, casa emprestada que virou lar provisório do Periquito na Série A2. Isso porque o tradicional Grito da República, em Olinda, segue sem as autorizações necessárias para receber público e continua servindo apenas como centro de treinamentos da equipe comandada por Adriano de Souza.

E o adversário chega pressionado. O Ipojuca folgou na terceira rodada e vem de uma derrota amarga por 2x1 para o Centro Limoeirense, no último dia 10 de setembro. Foi de virada, no Estádio Antônio Inácio, em Caruaru. Pois é… o time é do litoral sul, mas está mandando os jogos na Capital do Forró, a 143 km de distância. Coisas que só a Série A2 do Campeonato Pernambucano é capaz de proporcionar — e que a gente do Mequinha conhece muito bem.

Será mais uma chance do Periquito mostrar força diante da torcida que insiste em acompanhar à distância, com o grito preso na garganta. A missão é clara: manter a invencibilidade, somar pontos preciosos e seguir firme na briga pelo acesso. Porque ser América é isso — acreditar sempre, mesmo quando a casa é emprestada.

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