O AMÉRICA NO SÉCULO XXI: UM RESUMO







A intenção desta postagem é fazer um apanhado dos principais acontecimentos importantes do clube nos últimos anos, o ressurgimento da esperança, a perspectiva de voos mais altos e os insucessos rodeados de erros, e alguns descasos que acabaram por se tornar cruciais para a perspectiva de se olhar o horizonte atualmente.


BREVE RETROSPECTIVA

Se levarmos em consideração o final do século XX para esse início do século XXI, o América viveu grandes emoções dentro e fora de campo. Depois de 1995, quando o América disputou pela ultima vez a elite do futebol de Pernambuco, o clube se licenciou e voltando anos depois tendo que jogar a A2. Entre batidas na trave, e andarilho pelas cidades do interior, foi em 2010 na cidade do Paulista que o América se encontrou e carimbou um acesso para muitos improvável, vencendo a equipe do Chã Grande fora de casa, numa campanha aguerrida que ganharam destaque o então volante Mousinho e o jovem atacante Muller que fez  gols decisivos na partida que valeu o acesso (ironicamente, o mesmo jogador que anos depois converteria o pênalti que daria o título estadual ao Salgueiro) e fazendo um grupo de jovens festejarem como loucos o acesso do Periquito, em pela Casa Amarela.

Em 2011, o América retornaria com pompas pela imprensa esportiva na Série A1, fazendo uma campanha irregular no início do turno e fazendo uma campanha de recuperação espetacular no returno, conseguindo o acesso na ultima rodada. Enchendo sua pequena mas fiel torcida, de sonhos.  Em 2012, o planejamento não deu certo e a equipe foi rebaixada para a Série A2, mas desta vez não permaneceria por muito tempo. Um novo acesso em 2013, dessa vez com tranquilidade, mas deixou de escapar a chance de quebrar um longo jejum de títulos do time profissional.

A volta do clube na A1 em 2014, o time da Estrada do Arraial faria uma campanha sofrida de permanência, e em 2015 adotaria a mesma receita. Já em 2016, o América faria uma das suas melhores campanhas no certame estadual dos últimos 30 anos, conseguindo a quinta colocação geral, o que lhe valeu uma vaga na Série D do Campeonato Brasileiro, competição nacional em que o Mequinha voltaria a disputar desde 1990. Em 2017 uma nova campanha modesta que lhe valeu a permanência e em 2018, apesar de ter passado da primeira fase, parou nas quartas-de-final para o Central em um jogo único realizado em Caruaru, e um detalhe para o jogador Caxito do América, que foi o artilheiro da competição.  A falta de renovação de projeto e critério de algumas contratações, valeu um novo descenso do América em 2019 para a Série A2, permanecendo nela desde então.

COMPETIÇÃO NACIONAL

Beneficiado por um novo critério dado pela CBF na época, devido à boa campanha do Esmeraldino no Pernambucano de 2016, lhe foi concedida o direito de disputar a Série D do Brasileiro por 2 anos consecutivos, em 2016 e em 2017. Em 2019, mesmo rebaixado no estadual, o América disputou a Série D novamente graças a uma desistência, onde o Periquito herdou a vaga e fez sua melhor campanha na Série D até aqui, ficando com a 24ª colocação dentre 68 participantes, e desde então não disputou mais a competição.

OS BASTIDORES, A SEDE  E A IMAGEM DO CLUBE

É bem verdade que para um clube esquecido e que mal era citado no jornalismo esportivo, o América ressurgiu nessa década passada. Houve uma tentativa de trabalhar o marketing do clube em 2011 e 2012 com Viviane Araújo e depois Larissa Riquelme. A busca por reativar a vida social, valeu graças aos esforços do Blog, sediar uma das etapas do Pernambucano de Futebol de Mesa do ano de 2011. Dentro das enormes limitações impostas, os membros deste blog lutaram também para salvar a sede do América, que estava ameaçada de desapropriação, e fomos às ruas, conscientizar a opinião pública e conscientiza-la da importância histórica e cultural do casarão da Estrada do Arraial. E nessa batalha, saímos vitoriosos, com o tombamento da sede e a seguridade de que este patrimônio continuaria sendo nosso. Porém, à partir daí, viria um problema ainda mais grave que devastou a todos nós: o desaparecimento das taças.

As taças foram vistas publicamente pela ultima vez na época em que o espaço precisava ser esvaziado devido a uma ordem judicial. E somente anos depois é que todos ficam sabendo do desaparecimento delas. Com isso a imagem do clube vai sendo mais uma vez pisada, e seus dirigentes até agora pouco fizeram para buscar solucionar ou amenizar essa tragédia.

FUTURO?

A verdade é que estamos tomados pela incerteza. Apesar de já estar definida a participação do América em mais uma edição da Série A2 do Estadual, não sabemos quais as reais chances de acesso, não sabemos quais os planos reais do corpo diretor para os próximos anos, para assegurar a sobrevivência do clube alviverde. A sensação de inoperância paira o ambiente interno do América, onde a escassez de informações concretas, trás a tristeza e o desânimo de seus adeptos. Ano que vem, marcarão os 100 anos de uma das maiores conquistas do América, que é a de Campeão do Centenário, alcunha do clube graças ao título estadual de 1922, ano que marcou o centenário da independência do Brasil. Em 2022, será comemorado o bicentenário da nossa independência e não sabemos se o América conseguirá ou não esse acesso. E o pior: não temos nem a taça de 1922 conosco para rememorar um momento tão histórico.


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