Os pensamentos de Roberto de Jesus



Quando ainda era jogador Roberto de Jesus ou naquela época apenas Roberto fez história em Pernambuco com a camisa do Santa Cruz onde marcou um dos gols do título pernambucano em 2005 e também sendo vice-campão da Série B do Campeonato Brasileiro do mesmo ano. Zagueiro de marcação forte demonstrava vigor em cada partida, de personalidade séria não tinha jogada perdida e ia com tudo para cima dos adversários, agora como treinador revela uma nova face: pensador.

No cargo desde o final de 2017 ajudou montar o elenco esmeraldino para o Campeonato Pernambucano e com uma filosofia à base da Arte da Guerra implementou parte de suas características no padrão de jogo esmeraldino. A primeira prova veio logo na estréia diante o Náutico na Arena Pernambuco, apesar da derrota por 3 x 2 mostrou um bom futebol, na rodada seguinte saiu vitorioso diante outro adversário histórico do Periquito, o Santa Cruz (clube de importantes conquistas em sua trajetória profissional) vencendo por 2 x 0 no Ademir Cunha e com autoridade.

Com o decorrer da competição viu seu time enfrentar o momento mais delicado passando três jogos sem somar pontos, todas foram derrotas e das piores, isso ficou evidente na transmissão do duelo diante o Sport onde o clube da Praça da Bandeira levou a partida em ritmo de jogo-treino e o América não conseguia se quer demonstrar qualquer tipo de reação. Já era quase certo seu desligamento após apresentações tão aquém, mas permaneceu no comando, teve uma semana de recesso para trabalhar e depois desse período colocou as coisas no seu devido lugar.

Desde que assumiu o comando demonstrou ser um treinador observador, analisa atentamente à beira do gramado cada situação, gesticula poucas vezes (diferente enquanto ainda era zagueiro), entretanto, procura fazer aquilo que segue ao seu alcance. Talvez, não conte com o elenco ideal ou tenha as melhores condições, mas sabe trabalhar em cima das adversidades buscando levar o que tem em mãos de forma segura ou pelo menos esperando agüentar certas pressões tanto dentro quanto fora do campo e a paciência revelou ser uma grande aliada durante esse período.

Próxima quarta terá um novo desafio e quis o destino ser contra uma equipe que também está em sua história, o Central. Em 2009 pouco tempo depois de iniciar a carreira de treinador teve uma passagem pelo alvinegro, trabalho discreto de quem ainda dava os primeiros passos, agora quase dez anos tem a missão de preparar o Campeão do Centenário para quem sabe uma das partidas mais importantes da história recente. Não será tarefa fácil decorrente ser disputa única e fora de casa só que resta aos torcedores acreditarem em Roberto de Jesus, pois mostrou até aqui competência em contornar adversidades.

2 comentários:

  1. Avante Mequinha!!! Difícil jornada por ser mata mata, porém nada é impossível, jogo se disputa em campo. 90 minutos

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