A hora e a vez de Caxito



Gerações de artilheiros marcaram a trajetória centenária do América durante todo o Campeonato Pernambucano. Em seu rol de grandes craques estão nomes com Zé Tasso, Macaquinho, Capuco, China, Oséas, Jailton, Draílton, Silvano, Branquinho e tantos outros nomes que me falham (injustamente) lembrá-los agora, mas até aqui apenas quatro homens conquistaram o seu nome entre os artilheiros do Campeonato Pernambucano. Em 2018, o América tem a oportunidade de ter mais uma vez um artilheiro do Campeonato Pernambucano.

Artilheiro da primeira fase do estadual  com 7 gols, Caxito vem sendo até aqui a bola da vez no Campeonato Pernambucano. Graças a sua boa fase, Caxito ao lado de seus companheiros colocou o América como o segundo melhor ataque da primeira fase com 15 gols, dois gols a menos que o Náutico. São com estes números e com a estrela de Caxito que a torcida americana mantém a chama acesa em busca da classificação para semifinal. E individualmente, o atacante de 26 anos poderá finalmente se consagrar artilheiro da competição, juntando-se ao seleto grupo de atletas do América, rompendo um hiato de 66 anos sem um artilheiro americano. O ultimo foi Hamilton, quem em 1952 ganhou a alcunha de Homem Torpedo. Naquele ano, foram ao todo 16 gols defendendo as cores do alviverde.

Oito anos antes, foi a vez de Djalma fazer a festa diante das defesas rivais. Vestindo a camisa esmeraldina durantes os anos de 1944 a 1946, Djalma colocou seu nome na história do América não apenas como artilheiro do Campeonato Pernambucano de 1944 com 21 gols, mas também como um dos responsáveis pela nossa sexta estrela. Seus tentos em 1944 foram importantíssimos, assegurando ao América o título de um dos turnos, credenciando o Periquito para disputar o titulo estadual perante o Náutico. O número só não foi maior pois nas três partidas decisivas o craque alviverde acabou sendo substituído por Valdeque, por motivo de lesão.

Outro atleta alviverde que marcou seu nome no centenário futebol pernambucano foi Moacyr. Artilheiro do Campeonato Pernambucano de 1939, Moacyr superou jogadores como Ademir de Menezes (Sport), Tará (Santa Cruz) e Fernando Carvalheira (Náutico), marcando ao todo, 16 gols ao longo do certame. E não apenas isso, barbarizou na Seleção Pernambucana pelo Campeonato Brasileiro de Seleções, levando Pernambuco até as semifinais da competição. Os jornais e periódicos da época defendem que Pernambuco só não foi campeão nacional porque Moacyr não fora convocado para as semifinais.

Fechando a lista está o maior e o primeiro deles. Zé Tasso foi o primeiro atleta fora-de-série de nossa província, marcando seu nome há cem anos atrás como artilheiro do Pernambucano de 1918 com 18 gols. E é muito provável que o mesmo tenha gravado seu nome em edições posteriores, mas a falta de registros sobre grande parte dos jogos no inicio do Século XX nos impede de informar quantas vezes Zé Tasso balançou as redes adversárias.

Cem anos após a conquista do nosso primeiro titulo estadual e de Zé Tasso como primeiro artilheiro americano na história do Campeonato Pernambucano, fica a torcida e a esperança que Caxito possa mais uma vez deixar sua marca nas quartas de final diante do Central, ajudando em mais uma vitória americana no estadual e, de quebra, possa aumentar ainda mais seu número na tábua de artilharia e levar o Periquito ainda mais longe no Campeonato Pernambucano.



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