Onde estão as taças do Mequinha?


Foto: Folha de Pernambuco.

Um clube de futebol constrói seu legado todos os dias, mas os marcos que consolidam a força das agremiações esportivas são os títulos. Alguns, de tão representativos, ficam eternizados na história e merecem até uma estrela bordada no uniforme como forma de lembrar tal feito, algo para jamais ser esquecido. Taças e troféus são a materialização da vitória, igualmente importantes na memória do clube. No América, parte dessa memória está sendo apagada. As taças sumiram da sede do clube.

Centenas delas, que podiam ser encontradas no tradicional casarão verde, número 3107 da Estrada do Arraial, sede do clube, estão desaparecidas. O salão está vazio e não se sabe para onde elas foram. Tal fato estarrecedor ganha tons de descaso por parte daqueles que gerenciam a instituição, uma vez que não esclarecem a data exata do sumiço ou como tudo isso aconteceu. Apenas é sabido que as taças sumiram em algum momento. Foi roubo? Talvez, mas não existe B.O. Alguém pegou para si? Se sim, por quê? A direção não tornou o problema público com qual interesse? Tantas dúvidas sem respostas, apenas incertezas.

Em fotos ou registros mais antigos nas reportagens de TVs é possível ver a coleção esmeraldina: campeonatos pernambucanos, torneios início, campeonatos de aspirantes, a Taça do Centenário disputado em 1922, entre outros. Memórias que estão sendo apagadas. 

No futebol, nem todos os times conseguem manter a constância de conquistas durante toda sua trajetória, como é o caso do nosso América. O Periquito, apesar de viver décadas de jejum das grandes proezas, é de fato o quarto clube mais vitorioso de Pernambuco. As centenas de taças - agora desaparecidas - confirmam. São ícones de valor incalculável que precisam permanecer de posse do clube.

Estamos vivendo mais um triste capítulo na história do Mequinha que, para tristeza da sua fiel e apaixonada torcida, parece insistir em caminhar para trás. Se um dia foi vitorioso, hoje nem sombra do passado é. Não podemos esquecer ou aceitar tantos infortúnios de braços cruzados esperando a morte do antigo campeão. É preciso resgatar esses troféus que são um dos poucos bens que remetem à história vencedora alviverde.

Ouvir a direção é primordial para entender todo esse caso. Mas o que será dito? Já sabemos que as taças não estão guardadas ou sequer em restauração, fato ventilado pela diretoria que não encontra sustentação. A imprensa esportiva pernambucana precisa apurar, ouvir, investigar esse caso por respeito ao América e reconhecimento do valor do clube dentro do futebol regional. A Federação Pernambucana de Futebol também precisa se pronunciar. 

Seguimos aflitos no aguardo de respostas. E esperando que tais respostas ainda possam dar esperanças àquela parcela miúda de torcedores que ainda se importam com o alviverde da Estrada do Arraial. Esquecer ou deixar de lado jamais.

Colaboração e revisão: Felipe Salgado.

2 comentários:

seu comentário vai ser analisado,necessário deixar contato

Tecnologia do Blogger.