Um ano de resistência. A sede é nossa... e sempre será

Geraldo Julio, prefeito ddo Recife, autorizando a transformação da sede do America em IEP


O dia 22 junho pode ser considerado uma com divisor águas para o América Futebol Clube. Não se trata aqui de uma data de um título ou partida histórica, nos 102 anos do clube, mas sim, a chance de continuar vivo e com sua história cravada no bairro de Casa Amarela, mas precisamente, na Estrada do Arraial, numero 2107, ao lado do Sítio da Trindade. 

Há um ano, podemos assim dizer que "comemoramos" o ato da assinatura da sede social do América em um Imóvel de Preservação Especial (IEP), assinada pelo prefeito do Recife, Geraldo Júlio. De 2013 até meses atrás, o América vinha sofrendo um baque quase irreversível em sua história, que seria a perda de sua sede através de um leilão cheio de falhas e irregularidades, mas que sem razão e com provas materiais, o clube perdia instância a instância.

Se compararmos a uma partida de futebol, a assinatura do Prefeito do Recife foi como um gol aos 47 minutos do segundo tempo, levando o jogo para prorrogação na final de um campeonato, sem direito a jogo de volta. Com a sede do América fincada em um área nobre da capital, muito estava em jogo. E com a assinatura impedindo que qualquer alteração no imóvel fosse realizada, o interesse de quem arrematou o casarão alviverde praticamente esfriou, mudando totalmente o cenário da "decisão".

No meio desta história é sempre bom agradecer o empenho de algumas pessoas que lutaram pra que toda essa história. A Celso Muniz Filho, à frente de um problema que caiu no colo de sua gestão e que comprometeu a evolução do seu trabalho frente ao clube. Aos irmãos José Mirinda e João Antônio Moreira, que defenderam o patrimônio construído durante a gestão do seu pai, José Augusto Moreira, concluído em dezembro de 1951. A Joaquim de Carli, que dissecou todo o processo do leilão, comprovando todas as irregularidades do caso. A Prefeitura do Recife, aos torcedores e a sociedade pernambucana que se mobilizaram em prol do clube.

No ano do centenário do América, o Diário de Pernambuco plantou a manchete "Adeus, América", após o triste episódio em que o clube foi obrigado a retirar todos os seus pertences do casarão. Em um cenário desolador, uma frase que não apenas liquidava a situação como perdida aos olhos dos mais incrédulos e que apenas observavam os fins sem sequer analisar o contexto como um todo, mas também que dava como certo a morte de um clube centenário. Hoje a sede é de todos os Americanos e patrimônio histórico do Recife. E o América, continua mais vivo do que nunca.


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