A modernidade preservando o passado

Texto criado por Karlos Felipe em 2008 com intuito acadêmico. Allan Lemos é um jovem de 20 anos, estudante, e que tem um objetivo pouco comum para outras pessoas de sua idade: resgatar o América. Quando o Alviverde disputou o Pernambucano da elite pela última vez, Allan tinha apenas oito anos. De lá para cá, só foram decepções. Mas o amor do estudante pelo Mequinha se explica em suas raízes familiares. “Eu tenho uma relação com o clube e não quero nunca ver ele morrer. Para mim, bastaria ver o América jogar”, diz Allan, que ia até Goiana acompanhar os jogos do clube na Série A2 do ano passado. A luta do estudante para salvar o América tem como principal ferramenta a internet. É através dela que Allan encontra outros interessados em não deixar o Alviverde morrer. Ele é dono da comunidade do clube na rede de relacionamentos orkut, mas já tentou transportar a iniciativa do virtual para o mundo real. “É muito complicado. As pessoas dizem que querem ajudar, mas poucas de fato se comprometem. Tentamos marcar reuniões, mas poucos vão. Queremos fazer um movimento realmente forte, organizado, que possa ajudar o clube de forma concreta, mas é difícil. Precisamos também de trabalhar em conjunto com a diretoria”, conta. Allan tem a ajuda do amigo José Calixto. Juntos, conseguiram até mesmo algumas doações, mas ainda é pouco. Tanto para as necessidades do clube, como para as pretensões daqueles que querem ajudar o América. “Não queremos necessariamente um grande número de pessoas, mas sim que aqueles que se interessarem, mantenham o compromisso”, concluiu. Ao ser informado da iniciativa de Allan, o presidente Sergio Serpa ficou positivamente surpreso. “Não sabíamos dessa iniciativa. Quem quiser, de fato, ajudar, é bem vindo, é só nos procurar. Chegam muitas pessoas lamentando a situação do América, lembram de seu passado, mas não fazem nada de concreto. Queremos renovação, novas pessoas dispostas a trabalhar pelo América”, garante Serpa. Linha do Tempo
12 de abril de 1914 – É fundado o clube, numa casa na avenida João de Barros, ganhando assim o nome de João de Barros Futebol Clube 22 de agosto de 1915 – Muda o nome para América Futebol Clube por influência de Belfort Duarte, esportista ligado ao América do Rio de Janeiro, clube que se encontrava no Recife em excursão. 1917 – Sofre a maior virada da história do futebol brasileiro, quando vencia o Santa Cruz por 5x1 até os 30 minutos da etapa final, mas acabou perdendo o jogo por 7x5. 1918 – Conquista seu primeiro título estadual; arrenda o campo do Britsh Club 1919 – É bicampeão estadual 1920 – abandona o campeonato; passa a ocupar o campo da Jaqueira 1921 – Ganha seu terceiro título estadual 1922 – Levanta sua quarta taça, a do Campeonato do Centenário da Independência do Brasil, fica conhecido como Campeão do centenário. 1923 – Conquista o Troféu Nordeste, competição regional que reuniu clubes de Pernambuco, Bahia, Alagoas e Paraíba. 1927 – Conquista seu quinto título estadual 1944 – Conquista seu sexto e último título do Pernambucano 1952 – É vice-campeão pela última vez (após o título de 1944, foi vice em 1945, 1947, 1948, 1950 e 1952). 1972 – Disputa a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro 1989 – Volta a disputar a Segunda Divisão nacional 1991 – Faz sua última participação na Segunda Divisão 1995 – Disputa pela última vez a elite do futebol pernambucano 2006 – Disputa a Série A2 do Pernambucano 2007 – Licenciado, não participa de competições OBS: Karlos Felipe é estudante de jornalismo da UFPE.

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